terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Menina de Lá

Me olhei num espelho
De vidro espirituoso e temerário
Encantou-me o que vi
Parecia imagem
Muito mais limpa e livre
A vida passava como a brisa
Leve, morna, sem pressa

Por aquele sorriso franco e metálico
Antevi grandes feitos
Uma mulher forte se construía
Uma alma de peito aberto
Que recebia de bom grado todo o amor e afeto
O devolvia com toda a graça
que sua alma pueril lhe conferia

Nas semelhanças do espelho
Encontro as diferenças
Nas lágrimas que caem vejo no espelho
Algo de mim

Dalila Fonteles Mauler 20/01/2010
------------------------------------------------

Tive bons encontros nessas férias. Um deles foi com minha irmã que mora em Minas, que conheci na verdade (ela tem 14 anos mas por conta da distância nunca tivemos a oportunidade de nos ver). Essa poesia saiu do encantamento que tive de cara dela. 

O Retorno!

Vocês não sabem do que eu sou capaz (nem eu!!)


--------------------
Depois deste longo inverno que me culminou a saída dos blogs de quinta estou de volta.
Para aqueles que me acompanhavam (comentando ou não) lhes digo que voltarei a escrever, mesmo ainda achando que o que escrevo não me rende o título de escritora, mas de qualquer forma é algo que me faz bem e que quero prosseguir. Não sei onde vai dar, mas lá vamos nós!
Volto iniciando uma nova fase da minha vida, mesmo que com brigas internas já bem conhecidas, mas ao menos já consigo assumí-las e agora me parecem mais claras e como eminência de mudanças ainda maiores.
Para marcar a nova fase do blog ( e minha) resolvi mudar o layout e deixei só as postagens novas na página principal pra que fique mais "organizado", mas você pode ler as postagens antigas clicando na barra de postagens do lado direito da página.
Tenho várias idéias na cabeça mas não vou projetar nada por enquanto vou deixar que as coisas apenas sigam seu curso. E se passando por aqui achar que vale a pena pare, dê uma lidinha.

Beijo a todos que me leram até agora, aos que vão continuar lendo e aos novos leitores.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

“Eu que tinha um nome diferente já quis ser Maria”



Tiê - Passarinho


    Entre as flores da trilha e as que lhe enfeitavam o cabelo, imprimia no terreno alagadiço, porém fértil, seu caminho.
    Entre uma canção brasileira e outra francesa vinham seus amores e as dores. Por nada reclamava, não gostava de remédios, nem os pra dor de cabeça ou pra cólica, preferia passar essas dorzinhas naturalmente, assim como aquelas que vinham daquele coração simbólico. Certo que por vezes se doava demais praquilo que não valia a pena, mas sempre tinha a esperança (e por vezes a ilusão) de que valeria se desse tudo de si.
    Aquela flor que um dia quis ser um passarinho pra voar ao sabor do vento sem tantas preocupações de que um pé desatento lhe esmagasse as pétalas, quis um dia também ser uma árvore de raízes profundas pra que raros ventos a abalassem.
    De agora em diante não perderia as esperanças. Pintaria suas unhas de vermelho, cortaria seu próprio cabelo, cuidaria mais de si, cuidaria também daquilo que está dentro. Estaria mais certa do que está lá. E ao passarinho que se engraçar por aquela flor ela recomenda “"dê prazer, dê fogo[...]dê amor, dê segurança", porque senão ela vai dizer “voa passarinho”....


Dalila Fonteles Mauler 14/05/2010




---------------------------------------
No player:Siberian Khatru - Yes


Acho que agora as coisas estão se organizando... hora de retomar coisas =)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Brisa pura da infância


Borboletas
Brincam alegres no quintal
Umas mais alegres do que outras
E eu sinto
A brisa das suas pequenas e frágeis asas
Fresca e pura como a infância

Na na na na
Na na...

Bolhinhas de sabão no quintal
Passeiam ao sabor do vento...




Pra todos aqueles que precisam por os pés no chão, mas quando se dão ao luxo de sonhar, o fazem como crianças e suas bolhas de sabão!
Dedicada à borboleta menos alegre do quintal.

(Essa poesia é a letra de uma música minha)
----------------------------------
No player: All Or Nothing - Au revoir Simone

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Post de Aniversário *

Passos da Procura

crianças moram em mim
frios desejos
fotos de uma terra distante

quando eu aprenderei a achar perto
aquilo que sempre procurei longe?
meus sonhos de velho moço novo
aqueles que se procura uma vida toda
que só os ébrios vêem com clareza
uma clareza difuza e perigosa

crio com minhas histórias um mundo em vermelho
uma babel de sonhos
apesar de tantas linguas
compreendo cada vazio
cada busca incontida

há beleza no não tão obvio
e comum?
naquilo que os desejos nos levam
mas o coração quem faz?

os meus velhos amigos
que criam em mim água e compania
frio de uma tarde quente
entre passos e flores
que contem a pureza e fulgura de um menino
em pele de homem
-----------------------------
*de aniversário sim! nasci as 7 da manhã então até lá ainda é meu aniversário! Hehe

ééééééé eu não morri pessoal! hehe.
Eis que a fenix retorna das cinzas  (hahai, como diria meu amigo, o Magro).
Bom essa poesia fiz há um tempinho depois de uma passeio com um amigo. Seu José Henrique. Que apesar de novinho andou por uns cantos distantes. Mas incrível como ela cabe perfeitamente nesse meu momento de agora. E apesar de ter feito pensando nele, isso parece muito comigo (talvez fosse um pouco de mim também).

Uma idade nova pra mim e um novo visual pro blog! Espero que tenham gostado!
Obrigada por todos aqueles que pensaram em mim nesse dia e que enviaram boas energias!

Grande beijo! E eu, a própria flor que me entrego para o mundo agora!