domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Hoje acordei meio vazia de pensamentos, não sei se pelo gosto amargo da ressaca na boca ou pelo simples fato de odiar fazer as coisas por obrigação.
Suspiro de mim
Surpreendo-me por me lembrar do que nunca me esqueci
Sugiro uma nova apreensão
Ergo o meu ego de mim
Saio no sol e ele me arde
Me visto do puro e belo
Mas o que há na essência?
Tenaz fluência do sentimento
Acalenta-me o peito
Sacia a alma da principal preocupação
Emudece a calada aporia do universo
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Vualá! meu primeiro post de quinta
( e segundo do blog xD)
Pra aqueles que não entenderam os links acima no lado direito da página, intitulado blogs de quinta (não pensem que é porque são de má qualidade, e é uma de lista de blogs que vocês "não devem entrar" rsrsrs). É na verdade um grupo a que fui convidada a participar pelo Carlim (amigo que também faz parte do grupo). Que têm compromisso de ajudarem-se e veja só: postar na quinta-feira!! Não que só possamos postar na quinta, mas é um meio de não deixarmos o blog morrer, devendo postar pelo menos na quinta :D, mas devo admitir que dependendo da minha inspiração não irei postar só na quinta (coisa de gente novata. rsrsr).
Então conheçam os outros blogs de quinta! Há boas poesias e textos lá!
Feita as devidas considerações, explicações e propagandas irei postar um texto que escrevi há algum tempo. É uma crítica ou se pode considerá-lo como meras confabulações a respeito de mim mesma ou simplesmente um dos meus milhões de devaneios. Agora chega de enrolação!
Vamos ao texto!
Um dia com as mesmas vontade que me vêm algumas vezes, em mais um de meus devaneios me pus a refletir sobre o motivo (ou os motivos) de alguém se propor a publicar coisas, subir no palco e cantar coisas suas ou de outrem. E sempre passo pela idéia inevitável do simples e puro orgulho e convencimento de si próprio.
Orgulho. Vontade súbita de mostrar a todos o quanto se é bom e especial. O próprio fato de escrever pensamentos, poesias, crônicas ou contos tende-se à intenção de que alguém as lerá. Talvez esTa afirmação não seja de total definitivo.
O próprio verbo exibir (exibições de arte e cultura, exibições poéticas), já caracteriza a necessidade humana de mostrar o quão bom e especial é para si e para todos os outros. Tudo passa pelo narcisismo.
Acabamos assim, com um amor tão intenso pela devoção alheia, por nos mostrarmos do melhor jeito que possamos ser. As melhores palavras, a música que melhor realça nossa voz, a melhor forma de nos arrumarmos, com a roupa que nos deixa mais bonitos. E por mais que em teoria eu tente fugir disso, por mais que repugne atitudes de pessoas que tentam realçar a si a toda maneira. Parece-me impossível reprimir a necessidade que me vem de súbito, de querer ser alguém que não um qualquer na rua. Apesar de que para outras bilhões de pessoas eu o seja. Ao mesmo tempo que distinguir-se duma maneira criativa é ao menos melhor do que mostrar-se das formas mais obvias e arcaicas.
Há ainda outro aspecto do narcisismo que tange aos modismos. Até mesmo a criatividade passa pela moda. Os blogs também passam pelo modismo. Não desmerecendo quem os escreve (eis que agora também sou uma destas pessoas), entretanto há gente que os escreve simples e puramente para parecer literato e culto, comentando sobre textos “badalados” a que se preocupam sempre em ler para bem passar, ou simplesmente deixando suas impressões “superiores” e “entendidas” sobre qualquer coisa que lhes interesse ou que seja “cool” no seu meio.
Tenho medo de cair nessa rede de pretensões e não vos digo que estou livre de fazê-lo. Porém há algo em que eu procuro me guiar. Que é a sinceridade com relação a mim mesma. Pois o que me resta é ouvir e apreender tudo que se apresenta a mim e independente do que as pessoas “descoladas” entendem como bom. Eu mesma, me utilizando de minhas próprias emoções crie o meu universo de preferências. O que é “badalado” talvez me instigue por vezes, mas o que me proponho é sentir as coisas livre das pressões alheias. E quanto a me exibir, fazê-lo o mais perto do que sou, considerando que há várias de mim. Fazer aquilo que tenho vontade de fazer sem me preocupar em ser prepotente ou piegas.