sexta-feira, 14 de maio de 2010

“Eu que tinha um nome diferente já quis ser Maria”



Tiê - Passarinho


    Entre as flores da trilha e as que lhe enfeitavam o cabelo, imprimia no terreno alagadiço, porém fértil, seu caminho.
    Entre uma canção brasileira e outra francesa vinham seus amores e as dores. Por nada reclamava, não gostava de remédios, nem os pra dor de cabeça ou pra cólica, preferia passar essas dorzinhas naturalmente, assim como aquelas que vinham daquele coração simbólico. Certo que por vezes se doava demais praquilo que não valia a pena, mas sempre tinha a esperança (e por vezes a ilusão) de que valeria se desse tudo de si.
    Aquela flor que um dia quis ser um passarinho pra voar ao sabor do vento sem tantas preocupações de que um pé desatento lhe esmagasse as pétalas, quis um dia também ser uma árvore de raízes profundas pra que raros ventos a abalassem.
    De agora em diante não perderia as esperanças. Pintaria suas unhas de vermelho, cortaria seu próprio cabelo, cuidaria mais de si, cuidaria também daquilo que está dentro. Estaria mais certa do que está lá. E ao passarinho que se engraçar por aquela flor ela recomenda “"dê prazer, dê fogo[...]dê amor, dê segurança", porque senão ela vai dizer “voa passarinho”....


Dalila Fonteles Mauler 14/05/2010




---------------------------------------
No player:Siberian Khatru - Yes


Acho que agora as coisas estão se organizando... hora de retomar coisas =)