quinta-feira, 21 de julho de 2011

A dança excêntrica

Luzes, euforia, matizes sujas. Seres estranhos, passos frenéticos, felicidades ébrias. Tudo dança em um movimento cíclico. No meio da tormenta há uma garota de rendas e fitas negadas por seu sapato masculino e seu ar impetuoso. Sobre seu colo descansam livros grossos e empoeirados, seus olhos fixam o teto, como se através dele pudesse ver as estrelas. Mesmo sendo um objeto conflitante, a garota parece fazer parte daquela festa excêntrica, é seu abrigo. Desajeitado um velho e cansado equilibrista quebra os pratos que tentou em vão manter no ar. O estampido acorda alguns do transe, e se olham como se não entendessem bem o que havia ali. Outros olham o movimento e voltam a ele ainda mais convictos.  A menina não gira, mas observa, porque não está de corpo naquele movimento, mas mais forte que isso, está de alma.
Dalila Fonteles Mauler
21/07/2011

 

----------------------------------------------------
Este texto é uma homenagem, mesmo que atrasada, para uma amada e talentosa amiga que aniversariou na quinta passada. Em que a vida, assim com a minha é um grande evento que tentamos manter neutras com nosso olhar clínico, mas que tudo complica porque temos nela a alma!
Cada vez mais alma em tudo para você, Ana Carolina, sua linda!

2 comentários:

Ana Carolina Cardoso disse...

AAAAAAAAAAAAAAH, AÍ TU ME MAAAAAAAAAAAAATAAAAAAAA <33333333333333
brigada, sua queridaaaa <3 amei, amei ameiiiiii!!1

CA Ribeiro Neto disse...

Muito bonito, muito bonito!