quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vualá! meu primeiro post de quinta

( e segundo do blog xD)

Pra aqueles que não entenderam os links acima no lado direito da página, intitulado blogs de quinta (não pensem que é porque são de má qualidade, e é uma de lista de blogs que vocês "não devem entrar" rsrsrs). É na verdade um grupo a que fui convidada a participar pelo Carlim (amigo que também faz parte do grupo). Que têm compromisso de ajudarem-se e veja só: postar na quinta-feira!! Não que só possamos postar na quinta, mas é um meio de não deixarmos o blog morrer, devendo postar pelo menos na quinta :D, mas devo admitir que dependendo da minha inspiração não irei postar só na quinta (coisa de gente novata. rsrsr).

Então conheçam os outros blogs de quinta! Há boas poesias e textos lá!

Feita as devidas considerações, explicações e propagandas irei postar um texto que escrevi há algum tempo. É uma crítica ou se pode considerá-lo como meras confabulações a respeito de mim mesma ou simplesmente um dos meus milhões de devaneios. Agora chega de enrolação!

Vamos ao texto!

Um dia com as mesmas vontade que me vêm algumas vezes, em mais um de meus devaneios me pus a refletir sobre o motivo (ou os motivos) de alguém se propor a publicar coisas, subir no palco e cantar coisas suas ou de outrem. E sempre passo pela idéia inevitável do simples e puro orgulho e convencimento de si próprio.

Orgulho. Vontade súbita de mostrar a todos o quanto se é bom e especial. O próprio fato de escrever pensamentos, poesias, crônicas ou contos tende-se à intenção de que alguém as lerá. Talvez esTa afirmação não seja de total definitivo.

O próprio verbo exibir (exibições de arte e cultura, exibições poéticas), já caracteriza a necessidade humana de mostrar o quão bom e especial é para si e para todos os outros. Tudo passa pelo narcisismo.

Acabamos assim, com um amor tão intenso pela devoção alheia, por nos mostrarmos do melhor jeito que possamos ser. As melhores palavras, a música que melhor realça nossa voz, a melhor forma de nos arrumarmos, com a roupa que nos deixa mais bonitos. E por mais que em teoria eu tente fugir disso, por mais que repugne atitudes de pessoas que tentam realçar a si a toda maneira. Parece-me impossível reprimir a necessidade que me vem de súbito, de querer ser alguém que não um qualquer na rua. Apesar de que para outras bilhões de pessoas eu o seja. Ao mesmo tempo que distinguir-se duma maneira criativa é ao menos melhor do que mostrar-se das formas mais obvias e arcaicas.

Há ainda outro aspecto do narcisismo que tange aos modismos. Até mesmo a criatividade passa pela moda. Os blogs também passam pelo modismo. Não desmerecendo quem os escreve (eis que agora também sou uma destas pessoas), entretanto há gente que os escreve simples e puramente para parecer literato e culto, comentando sobre textos “badalados” a que se preocupam sempre em ler para bem passar, ou simplesmente deixando suas impressões “superiores” e “entendidas” sobre qualquer coisa que lhes interesse ou que seja “cool” no seu meio.

Tenho medo de cair nessa rede de pretensões e não vos digo que estou livre de fazê-lo. Porém há algo em que eu procuro me guiar. Que é a sinceridade com relação a mim mesma. Pois o que me resta é ouvir e apreender tudo que se apresenta a mim e independente do que as pessoas “descoladas” entendem como bom. Eu mesma, me utilizando de minhas próprias emoções crie o meu universo de preferências. O que é “badalado” talvez me instigue por vezes, mas o que me proponho é sentir as coisas livre das pressões alheias. E quanto a me exibir, fazê-lo o mais perto do que sou, considerando que há várias de mim. Fazer aquilo que tenho vontade de fazer sem me preocupar em ser prepotente ou piegas.

10 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Poisé, concordo com muito que disses.
Fazer algum tipo de arte e querer divulgá-lo é ser também narcisista e esperar o resultado, aguardar a crítica é quase inevitável.
Mas também, antes de querer "agradar o público" é preciso agradar-se. Certamente ninguém vai públicar algo que não gostou de ter escrito, ou gravar uma música que não gostou.
E é como lhe disse ontem, 'Encontro de palavras' é a minha poesia favorita, mas meus leitores não gostaram muito e fiquei receioso. Chega agora a chance de um sarau e eu coloquei-a na lista das que vou ler, para exclusivamente me agradar, mesmo que seja a que menos agrade das minhas declamações.

Resumindo, acho que mostrar sua obra, de qualquer forma que seja, é uma mistura de narcisismo com egoísmo. Essas palavras, sozinhas, soam esquisito e ganham um sentido até negativo, mas não é assim que as escrevo.

Belo ensaio.
beijos

Hermes disse...

A arte é uma comunicação, e como todo mundo precisa se comunicar...A diferença é que nem todos recorrem à arte para fazer sua comunicação. O artista realmente é egoísta e narcisista, e acho que isso é uma característa humana. Mas a arte também completa o ser, a alma. Fazer arte é também compartilhar o complemento-essência. Se ninguém fizesse, todos nós seríamos incompletos. Bom começo de blog de quinta, abraço e bom resto de semana.

Freddy Costa disse...

Uma vez tentei ser igual a todo mundo. Fiz isto com a sobriedade de quem não queria ser diferente.
Este simples ato já me tornou diferente...

A moça da flor disse...

concordo com vc Hermes...
mas o que quis levantar no texto foi a questão do narcisismo que passa pela exibição da arte. Creio que ninguém cria algo esperando que ninguém goste. Não estou pondo em questão a completude que a arte tem em seu cerne e sempre deve ser o motivo principal de fazê-la, pra que seja verdadeira!
boa semana pra vc também! e pra todos!
aahh
até semana olho o blog inteiro de todo mundo tá?
ando meio sem tempo ultimamente pq tou cuidando da minha mãe que tá doente e não mora comigo e lá não tem pc... só tou aqui agora pq dei um pulinho em casa :D
beijos a todos!

A moça da flor disse...

Freddy meu ídolo *-*

Diego disse...

adorei o blog. voltarei sempre. :]

A moça da flor disse...

valeu Diego!!
volte mesmo!!

Thiago César disse...

tem razão quanto ao orgulho, mas axo q isso nem sempre é ruim. na verdade é ateh uma necessidade do ser humano obter reconhecimento social. tudo depende do que e como vc faz em função disso. eh bom saber q vc eh sincera consigo mesma, pq isso faz a diferença entre as pessoas nos dias de hj.

Giovana disse...

Acho fundamental ter uma boa auto-estima. A melhor forma de nos arrumarmos, a música que melhor realça as nossa voz não precisa necessariamente ser uma maneira 'de se mostrar', mas para possuir uma boa auto-estima.

Eu prefiro ficar na anonimidade dentro de um bilhão de pessoas do que ter fama entre elas. A liberdade começa na anonimidade.

Paulo Henrique Passos disse...

Ainda bem que o orgulho existe. Ele ajuda até nessa sinceridade que você citou no final; senão, coitados dos que começam algo ruim (mas podem melhorar) que, se não fosse a autosiceridade, a autoconfiança, parariam antes mesmo de começar, pensando nas "rejeições". Além disso, acho a falta de orgulho é uma das causas da Sídrome de Bartleby.