Tiê - Passarinho
Entre as flores da trilha e as que lhe enfeitavam o cabelo, imprimia no terreno alagadiço, porém fértil, seu caminho.
Entre uma canção brasileira e outra francesa vinham seus amores e as dores. Por nada reclamava, não gostava de remédios, nem os pra dor de cabeça ou pra cólica, preferia passar essas dorzinhas naturalmente, assim como aquelas que vinham daquele coração simbólico. Certo que por vezes se doava demais praquilo que não valia a pena, mas sempre tinha a esperança (e por vezes a ilusão) de que valeria se desse tudo de si.
Aquela flor que um dia quis ser um passarinho pra voar ao sabor do vento sem tantas preocupações de que um pé desatento lhe esmagasse as pétalas, quis um dia também ser uma árvore de raízes profundas pra que raros ventos a abalassem.
De agora em diante não perderia as esperanças. Pintaria suas unhas de vermelho, cortaria seu próprio cabelo, cuidaria mais de si, cuidaria também daquilo que está dentro. Estaria mais certa do que está lá. E ao passarinho que se engraçar por aquela flor ela recomenda “"dê prazer, dê fogo[...]dê amor, dê segurança", porque senão ela vai dizer “voa passarinho”....
Dalila Fonteles Mauler 14/05/2010
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No player:Siberian Khatru - Yes
Acho que agora as coisas estão se organizando... hora de retomar coisas =)
15 comentários:
Flor, a Marcella e a Marília sairam do Blogs de Quinta e entraram nessas duas vagas elas:
Emily - http://faforifo.blogspot.com/
Esyath Barret - http://historiasdesconexas.blogspot.com/
adcione-as!
beijos
pois não seu CA ;p
Agora li o texto! hehehe
Bem caracteristico seu, pouca ação e muita reflexão. Mas o que é melhor, com uma conclusão final! É horrível essas reflexões sem finais...
beijos
isso eh crescimento!
Oi, Dalila.
O bom é que ela criou consciência de si, e não é qualquer pasarinho que pode chegar bicando, hehehehe.
E que bom que as coisas estão se organizando.
E são justamente essa possiveis mudanças que passamos boa parte de nossas vidas buscando, até entender que podemos crescer, crescer, e mesmo sendo pequenas e delicadas flores podemos ter a força de uma árvore de raizes profundas!!
Beijos!!
Essa mulher-flor faz/fazia ponto, era uma profissional da raparigagem?
Música francesa, "se doava demais", pintaria as unhas de vermelho, cuidaria de si - também daquilo que está dentro. Dê prazer, dê fogo, amor, segurança.
Então ela não aceitaria mais qualquer cliente? o_o
(tá, uma interpretação muito "viajante").
Engraçado, é o segundo texto do blog de quinta que vejo que a transformação para ser mais representada é descrita pelo físico. Cortar cabelo, se cuidar, pintar as unhas de vermelho. Eita corpo sagrado e profano esse nosso, não?
Flor, como ficou decidido na última votação do Blogs de Quinta, passou-se um mês e alguns membros não postaram no blog, o que vai acarretar a saída destes de nosso grupo.
Entre estes, um é você. Mas lembre-se que assim que puder, e quiser, fala comigo, que se houver vaga entre os 15, a volta é totalmente bem aceita.
Abraço
Olhe, tempos que não passo aqui... Li o texto e cada linha me enfeitiçou com palavras que pareciam sair da tela do computador... rsrsrrs...
Se o "passarinho" não lhe der tudo isso que vc citou... Haverá de aparecer um passarinho que lhe mereça e lhe dê em dobro tudo isso que pedi e deseja...
Bjs linda... Saudades!
Me deu vontade de ouvir Fagner com a Nara Leão cantando Penas do Tiê. Tou de volta agora com o http://pertodoserdois.blogspot.com
perdi a senha do antigo. ZÉ NETO.
quanta minucia no seu texto, vc é bem clínica na hora de escrever. Adorei
Mas sempre tinha a esperança, e por vezes a ilusão...
Se tivesse remédio pra isso, aposto que também não tomaria.
Um abraço Dalila :)
PS: Tenho de repetir o comentário sobre ser 'clínica' que a Herbênia fez, e vejo isso de modo muito positivo Dalila, admiro.
Nunca mais escreveu.
:(
Mal sabe você que esse seu texto lindo me inspirou a fazer um post. ESPERE e verá! haha. Beijos, Dalila.
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